Perigos da radiação!


 A Energia Nuclear

    Na metade do século 20, os cientistas descobriram uma nova fonte de energia que, infelizmente, mostrou-se mais perigosa do que útil – a energia nuclear. A maioria dos núcleos dos átomos na natureza é estável, graças a uma energia armazenada que mantém suas partículas unidas. Porém, alguns elementos como o urânio e o tório têm núcleos instáveis – suas partículas podem facilmente se desprender, de forma espontânea, liberando energia em forma de ondas ou partículas.
    A energia liberada é chamada de radiação e o fenômeno dessa emissão, radioatividade. Os cientistas descobriram uma forma de acelerar esse processo artificialmente, liberando grandes quantidades de energia, a partir da fissão nuclear. Neste processo, a divisão de núcleos dos átomos libera nêutrons que dividirão outros núcleos e liberarão mais nêutrons. Esta reação em cadeia provoca a liberação contínua de energia. A partir dessa descoberta, desenvolveu-se a tecnologia nuclear, que possibilitou a criação das usinas nucleares e das bombas atômicas.
    Posteriormente, os pesquisadores descobriram a fusão nuclear. Neste caso, os núcleos de vários átomos de hidrogênio se fundem e há a liberação de grandes quantidades de energia. É o mesmo processo que acontece
nas estrelas, como o Sol.


Os efeitos da radiação
    
    O que acontece quando há liberação de radiação no meio ambiente?
    Basicamente, o mesmo que aconteceu com a explosão das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagazaki ou com o acidente de Chernobyl, com efeitos devastadores na população e em toda a vida das áreas atingidas.
Quando uma pessoa é afetada por uma alta dose de radiação, os primeiros sintomas são náusea, fadiga, vômitos e diarréia, seguidos por hemorragia, infl amação da boca e da garganta e queda de cabelo. Nos casos graves, há um colapso de várias funções vitais, e a vítima pode morrer em duas a quatro semanas.
A radiação ataca as células do corpo individualmente, fazendo com que os átomos que compõem as células sofram alterações em sua estrutura. As ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamento das células. Isso, por sua vez, provoca com o tempo conseqüências biológicas no funcionamento do organismo como um todo.
    Outro grande problema da radiação é sua longa vida. Para saber quanto tempo um material radioativo leva para decair (perder a radioatividade), os cientistas calculam sua meia vida – o tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo ser reduzida à metade da sua atividade inicial.

Você sabia?

Todo isótopo radioativo tem uma meia vida. A meia vida do césio-137, um dos mais radioativos subprodutos da fissão do urânio, é de 30 anos. A meia vida do plutônio-239 é de 24.400 anos. A meia vida do urânio-235 é de 713 milhões de anos. O rádio-226, um elemento natural levemente radioativo, tem meia vida de 1.600 anos.

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